Slacker (1991) Richard Linklater

Slacker generation é uma expressão inglesa utilizada para definir uma geração muito preguiçosa e relaxada. Esta é uma variação do termo Geração X, muito usado na década de 1990, que designava uma geração marcada pela apatia.

O filme retrata um dia na vida de diferentes jovens (maioritariamente) que vivem na cidade de Austin, no Texas e que se sentem maioritariamente deslocados da cidade e da sociedade em que vivem. Vive-se um clima de revolta e apatia, sentimentos típicos dos adolescentes dos anos 90, revoltados com o contexto em que estão inseridos.

São demonstradas várias personagens e cenas, fixando-se apenas alguns minutos em cada uma, até aparecer uma outra pessoa que altera o rumo das filmagens e que conta a sua história ou pensamento. As histórias de cada uma relacionam-se apenas por ocorrerem no mesmo tempo e espaço.

O monólogo inicial da personagem interpretada pelo próprio Linklater, reflete sobre as infinitas realidades criadas a partir de cada escolha que fazemos. A câmera, no decorrer de todo o filme, relata essas realidades distintas expostas nesse monólogo. As transições entre cenas variam entre um movimento simples e suave da câmara e um outro mais brusco e desajeitado e concretizam este pensamento através de todas as realidades que nos são apresentadas e que surgem de variadas personagens, como loucos, solitários, obcecados pela teoria da conspiração, artistas, raparigas solteiras, entre outros.

São expostos e discutidos assuntos aleatórios como o anarquismo, terrorismo, desemprego, fim de relações, anti-arte, prostituição, entre outros e pensamentos como:

“the passion for destruction is also a creative passion.”

“temos que fazer as coisas funcionar para nós e não nós para as coisas.”

“it’s not building a wall but making a brick.”

“we’re always rejecting or being rejected.”

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Considero que a forma como este filme foi captado permite ao visualizador ser colocado num papel de um observador curioso que dá conta das diferentes realidades que o rodeiam e vai “saltitando” de uma para outra, alimentando a sua vontade de conhecer aquilo que os outros fazem, falam e como pensam. As transições da câmara concretizam esta vontade do observador de acompanhar percurso das pessoas e os seus diálogos.

Ao negar a existência de personagens principais no filme, Linklater demonstra as possibilidades que se podem conhecer através de pessoas aleatórias e que passam por despercebidas para nós, e as regalias e interesse que pode ser suscitado em nós através delas e da sua história.

Webgrafia

http://www.imdb.com/title/tt0102943/

https://en.wikipedia.org/wiki/Slacker_(film)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Slacker_generation

http://assimnaoesqueco.blogspot.pt/2015/05/slacker-richard-linklater-1991.html

https://magnoliaforever.files.wordpress.com/2011/10/slacker.jpg

https://vice-images.vice.com/images/content-images/2015/02/09/slacker-was-the-film-that-showed-me-how-to-get-lost-body-image-1423500142.png?resize=*:*&output-quality=75

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